Páginas

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A onipresença da tua falta

Sua falta me segue aonde quer que eu vá. Se faz presente nos momentos em que estou mais fragilizada. E é insistente...

sábado, 21 de junho de 2008



Crise criativa. Qualquer coisa que eu escrever no momento poderá me deixar arrependida futuramente. Não se trata de tristeza, pelo contrário, estou bem satisfeita com a vida, mas estou com dificuldades em organizar os pensamentos e expressá-los por meio de palavras e textos que façam algum sentido.
Na verdade isso já faz um tempinho, mas prefiro dar um tempo nas atividades agora.
Volto logo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

.Estranho

Ela tenta mudar mas não vê sentido nas coisas, não se sente feliz nem triste, nem empolgada e nem desinteressada. Sei lá, mas de repente tudo se pareceu tão vazio, incapaz de ser extraído algo verdadeiro... as coisas somem, fogem do alcance dos olhos mas o coração sente, sente intensamente, ele nunca pára, por mais que ela tente disfarçar, esquecer ou ignorar está sempre ali, inexplicável, vivo, intenso. Falta amor, dedicação, sobra indiferença e solidão. Tudo no mundo dela parece escuro, frio e sombrio, mas o coração dela está quente e iluminado. Ela quer algo que não sabe bem o que é, mas sabe que é mais que atualmente podem lhe oferecer mas menos do que ela pode suportar por medo de se machucar por que quando ela ama, ela ama demais e intensamente. Ela não sabe de mais nada, não entende as coisas que acontecem ao seu redor.. tudo tão estranho e irreal, mas não quer perder um só momento (sem ele).

sexta-feira, 13 de junho de 2008

.Sobre o Dia dos Namorados.

É, estou postando atrasada sobre o dia dos namorados. Ah, nem ligo. Sei lá o que dizer sobre essa data, pois nunca(!) comemorei...



Bom pra quem tem esse alguém, vai ver eu tenho, ou tive, ja não sei mais, vai ver não vale a pena, vai ver é uma vez em cada século que eu fique com alguém que eu goste; é bizarro nunca dá certo, é o tempo de sobra, é a falta de tempo, é a outra, sou eu, é o rolê, era ele, era o outro, agora é você, amanhã vai ser outro alguém, é o mundo, a porra que for... talvez eu mude de opinião, talvez eu chore outra vez, talvez eu queira alguém aqui, talvez não...estou muito confusa no momento... eu sabia o que eu queria, mas agora ja não sei mais, só sei que coisas bagunçadas de mais nem sempre valem a pena de arrumar... ou vai ver vale sim!... só o TEMPO (como isso soa clichê, mas é verdade!) vai dizer... quer saber... Foda-se!!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Intensamente


E fazia tempo que ela não se sentia assim tão bem com a vida, consigo mesma. Parece que os astros resolveram fazer um acordo e dar um pouco de paz nos dias dela. Tudo dando certo, e a sensação de leveza de espiríto é indescritível. É uma coisa tão gostosa que às vezes ela chega a disfarçar o sorriso bobo que insiste em escapar de seus lábios a qualquer momento. É uma coisa diferente, boa, leve, quente, iluminadora.
Ela não sabe explicar bem, mas sente, e sente de uma forma intensa e insistente. Ela não sabe bem o que é ou o porquê de tal sensação/sentimento, mas não quer que isso vá embora. Pode ficar, que no seu coração sempre haverá espaço para tal coisa boa.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"Ela não sabia mais sofrer. Ela não sabia mais o que pensar e foi exatamente por isso que tomou a decisão de não ter mais que pensar em nada. Ela queria todos os prazeres dessa porcaria de vida, mesmo que estes prazeres viessem junto com todas as dores. Ela queria se amar um pouquinho mais e mandar pra casa do caralho as pessoas todas que não souberam a amar como ela merecia, bem naquela hora que ela estava curvada em sua vergonha enxergando o mundo de um ângulo estranho e tendo muito medo do escuro, do vácuo, e principalmente, da junção dos dois -- que era o que mais havia dentro dela." [Trecho de " Ela Sabia ", da Rani Ghazzaoui] http://www.ranibaby.blogger.com.br

.Quem entende....?


Quem disse que preciso aceitar o que o destino me reserva sem reclamar?
Eu aceito, mas nem sempre entendo. A revolta, em certos momentos, se faz presente de uma forma assustadora e acolhedora.
A sensação de impotência às vezes é sufocante.
Tem dias que tudo parece decidir ficar mais difícil de se resolver, de discutir, de se compreender. Os paradoxos se fazem presentes e a mente fica a milhão, produzindo pensamentos distorcidos, beirando à uma loucura. Um surto.
Ai eu xingo, e me revolto, e sou estúpida com quem se aproxima. Falo coisas da boca pra fora, que (quase) sempre me arrependo.
Quando bate esse arrependimento, paro pra (re)pensar em tudo que já fiz, vivi, falei, senti. Me sinto culpada por tanta besteira feita e que foi deixada de fazer. Momentos, pessoas, coisas que deixei passar e nunca me dei conta que fariam falta.
Ai bate a deprê... e a sensação de solidão, um estado de quem necessita atenção.
Sei lá, talvez essa empolgação toda que demonstro, empolgação de ir pra balada, "bebemorar", seja uma forma que encontro de maquiar, disfarçar, pra eu ver se consigo esquecer esses dilemas todos que insisto em me importar.
E eu até consigo, mas é momentaneamente, superficial...
quando fico sozinha, a bad volta... não consigo conter às vezes.. ai vem a estupidez e
chatisse característicos de quem tem problemas mal resolvidos como uma resposta minha pra me manter firme, tentar me fortalecer e esquecer isso, essa coisa insistente!
Não quero mais procurar culpados - pessoas, signo, ascendente, a lua.
Eu sei que ninguém é culpado. São coisas que todos passam e que sempre passarão em certos momentos da vida. Afinal, um pouco de sofrimento é essencial para o crescimento e superação individuais.
Mas só espero que essas questões não se tornem um paradoxo sem fim.


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irrequieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos: enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro para valer, não derramo uma só lágrima. Amo mais do que posso, e por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro, e quando recuo não volto. Mas não me leve a sério: sei que nada é definitivo. Nem eu nem ou que penso que eu sou. Nem nós, nem o que a gente pensa que tem. Gosto das noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar. Nem energia. Esbanjo-me até quando não devo, e vezes sem conta, devo mais do que ganho. Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Nem vou à missa. Mas faço simpatia, rezo pra algum anjo de plantão e enventualmente, mascaro minha fé no deus do otimismo forçado. Quando é possível, debocho. Quando é permitido, duvido. Não passo da conta ao beber porque só me aceito sóbria; não fumo pra não enganar a ansiedade e não aposto em jogos de cartas marcadas. Não tomo café da manhã, muitas vezes não almoço, vivo de dieta e penso mais do que falo. E falo muito. Nem sempre o que você quer saber. Nem sempre o que você quer ouvir. Disso eu sei. Gosto sim de cara lavada - mas me sinto bem com um traço preto no olhar. Pés num chinelo, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatoo no pé esquerdo. Mas dentro de mim, há uma mulher que gosta de perfumes e cremes caros, sedas importadas, sapatos de cristal e brilho no olhar, que travestida por toques e cheiros, se seduz e se identifica com o "bom" da vida. Se notar qualquer constrangimento, não repare: eu não tenho pudores, mas não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva. Sou defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você vê sensatez. Mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer quando me esqueço de todos os conselhos e sigo caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana: se você me assalta, eu reajo. (Clarice Lispector)

terça-feira, 3 de junho de 2008


Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não quero perder um só momento sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansado e tão velho


A raiva me corrói por dentro
E eu não vou sentir os pedaços e os cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe nos meus


Me diga que você abrirá seus olhos


Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não pegam sua alma ou seu fogo
pegue minha mão, entrelaçe seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez


Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe nos meus


Me diga que você abrirá seus olhos


Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não vou perder um só momento sem você.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

.Complexidade.


Ninguém quer saber
O gosto do sangue
Mas o vermelho
Ainda é a cor que insita a fome
Depende da hora e da cor
Depende da hora,
Da hora, da cor e do cheiro
Cada cor tem o seu cheiro
Cada hora lança sua dor
E dessa insustentavel leveza de ser
Eu gosto mesmo é de vida real
Eu levei
Minha alma pra passear
Eu levei
Minha alma pra passear
Não me distancio de mim
E quando saio não vou muito longe
fico sempre por perto
Depende da hora e da cor
Depende da hora,
Da hora, da cor e do cheiro
Cada cor tem o seu cheiro
Cada hora lança sua dor
E dessa insustentável leveza de ser
Eu gosto mesmo é de vida real
Eu levei
Minha alma pra passear
Eu levei
Minha alma pra passear


Nação Zumbi - Bossa Nostra