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sábado, 29 de novembro de 2008

.a fantástica mania de acreditar

Faz tempo que eu não sei o que é certeza.
Minha vida dá voltas, gira loucamente, faz curvas bruscas e por vezes eu me perco no caminho.
As pessoas vêm e vão, eu me apego, eu acredito nelas, confio, me decepciono e eu não aprendo.
Eu quero correr, eu quero fugir, mas inevitavelmente eu caio. Eu confio, eu acredito.
Ainda acredito no olho no olho, nas palavras ditas, nas frases de efeito, nas mensagens das músicas.
Será que sou boba a ponto de acreditar que quando eu precisar você vai estar lá pra me abraças e dizer que tudo vai ficar bem?
Pensando bem, acho que chegou a hora de aprender a me virar sozinha, sem esperar pela atitude que me faz sentir desarmada, até porque não sei quanto tempo conseguirei resistir, eu não tenho mais certeza.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quarto escuro.

"Tudo diferente e, ao mesmo tempo, tão igual. Se eu te contasse meus medos, me diga agora, você me abraçaria contra o mundo todo ou simplesmente correria de mim pra evitar problemas?
Eu sei bem, descomplicado é bem melhor. Mas acontece que aqui, dentro do meu peito, não se dorme há anos e a ventania sempre volta de noite, impedindo.
Espero que isso não te impeça."
by
[Rani Ghazzaoui].

É sempre cedo (L)

Sentir o que pode ser, o que é. Sentir a essência e ver o que é verdadeiro.
Não sei bem ao certo como, mas sinto que preciso fazer algo pra te ajudar e enquanto eu for um motivo que te faz sorrir, eu vou viver pra descobrir.
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"Conhecer ao fundo pessoas que me fazem, como você. Especial ou não você já é um dos motivos pelo qual quero continuar vivo."
Obrigada por isso, obrigada por tudo isso (L)
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"me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém afim de te acompanhar..."

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Outra vez.

Sinto me como se estivesse dando um grito que ninguém consegue ouvir, um grito rouco. É como se eu estivesse sozinha em meio à uma multidão, mas uma multidão que não se preocupa com nada ao redor.
Meus ossos doem, minha vista está cansada. Minha mente não pára, mas meus pensamentos já estão cansados de não encontrar vazão em algo real.
Meu otimismo está cansado de falhar, e pelo meu bem, eu preciso aprender a não me apaixonar por quem me dá um mínimo de atenção.
Não quero ajudar, não quero falar sobre seus problemas, ouça os meus, é a única coisa que te peço e é a última que quer fazer. Me ignore.
Eu vou aprender a ser forte. Sozinha, mais uma vez.
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Não há motivo.
Não há (apenas um) motivo.
Mas quem se importa.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

3º pessoa

4 de Novembro de 2008
21h37
Faz tempo que uma idéia fecunda a mente, encontra vazão no sentimento.
É tanta coisa vista, falada, escrita, lida, interpretada, que às vezes o simples se perde em meio a esse complexo nada. Queria de volta a emoção do novo. Queria poder sentir o frio na barriga, o entusiasmo, o brilho no olho, mas temo cair no tédio, na tendência, na indiferença.
Enquanto travam-se batalhas diárias contra o marasmo que assola, e tenta dar um sentido para o que considera uma vida boa, mais um dia se encerra e vem aquela triste sensação de frustração por não ter feito dele mais simples e cheio de emoção. Temer cair naquele caso comum, de muito falar e pouco fazer e ver que a vida que se leva não condiz com o que se pensa, se sente, se deseja e constatar que fazer a diferença não parece ser tão simples, ou o é, porém é tão óbvio que fica difícil enxergar.
Emoções superficiais, sorrisos falsos, simpatia por conveniência; nada disso faz sentido mas parece tão bem aceito que se pratica e nem percebe. Mas é naquela hora que se pára e olha em volta e se vê o que se construiu e nem sempre ficar contente com o que vê, daí chorar instintivamente sem saber explicar o porquê. E os sentimentos verdadeiros se perdem, são substituídos por emoções de plásico, compradas no tamanho, peso e embalagem que preferir, em qualquer loja de esquina. E a moda dita que o novo hype não é ser e sim ter, vestir, mostrar a armadura que se criou para se proteger de si mesmo.
E passa-se a acreditar que o mal é inerente ao homem, perde-se a essência, cria-se novas sensações para a fuga da realidade. O senso do coletivo é esquecido e o sentimento alheio é apenas um detalhe irrelevante que facilmente é ignorado.
E de repente aquele mundo encantado que o último dos acreditados via, se esvai, vira fumaça e ninguém pede licença para o trazer à realidade. E o jogam responsabilidades, regras, leis, estatutos e o caralho, que ditam a ordem, o que fazer, dizer, vestir. E que se engula goela a baixo, não interessa se ficar atravessado. Goela a baixo também se vão os sonhos, desejos, encantos mais íntimos de mais um sonhador que o mundo acaba de matar. Goela a baixo se vai mais uma vida que vai parar na fossa.
Enche teus pulmões, pois vai precisar de todo ar que neles há.

domingo, 2 de novembro de 2008

Desconsiderar os fatos
Preencher o meu vazio intacto
Entender a insatisfação
Correr, contra o tempo
Antes que seja muito tarde
Pra corrigir meus erros
Gritar, pra libertar
Os sentimentos, que não pertencem
A mim

sábado, 1 de novembro de 2008

Liberta

Aquele dia quem dividiu tudo. "Libertar-se do mal e só se ocupar com o bem, encontrar o real é não odiar a ninguém"